quinta-feira, 5 de junho de 2008
Postais antigos- Caravelas
Acordara bem cedo e, a cada minuto, urgia a mãe: era mister porem-se a caminho de Belém, pois ouvira dizer que a largada aconteceria mal rompesse o sol, e queria arranjar um lugar donde abarcasse toda a movimentação dos homens que se faziam ao mar.
Chegaram ao Alto do Restelo quando já lá se encontrava muita gente, num bulício que denotava ansiedade.
Lá em baixo, na Barra do Tejo, a azáfama era grande. De repente, um velho que se encontrava a seu lado começou a vociferar negros vaticínios para aquela empreitada.
Assustada, apertou mais a mão da mãe, cruzou os dedos, e rezou para que ele não tivesse razão...
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8 comentários:
Era eu! Era eu!
Sempre tive um fraco pelo Velho do Restelo, até pensei nele como nick de um blogue...
E actualíssimo, veja-se como hoje vivemos obcecados com o ouro a ganhar, substimando o perigo da moirama armada à porta!
Beijo, Querida Cristina
Quantos anos tem, Paulo? :)
Nã, não acredito que tenha Alma Pequena. "Valeu a pena" verterem-se lágrimas de Portugal...
Beijo
Sim, valeu...
E o Rép é um brincalhão :-p
Lá no fundo (não tão fundo assim, cheira-me), Fugidia, o Paulo também acha que valeu...
gosto tanto de caravelas, Cristina... deve ser porque me falam do Douro.
Estas são muito originais e lindas,sim.
O velho do Restelo também tinha lá a sua razão, mas ninguém tem a razão toda,não é verdade?
Júlia, foi porque "Deus quis e o homem sonhou" que se "Cumpriu o Mar".
Não era essa a questão, Cristina. Podia-se ter feito o mesmo depois de darmos cabo da mafomática ameaça à porta. Tinha-se poupado um Alcácer-Quibir! Teria valido, mas sem pena!
Beijo
Pois...
Beijo, Paulo
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