e depois dos trabalhos da lavoura, até que a luz do sol permitiu, as mulheres da vizinhança juntavam-se, à volta da lareira se já fazia frio, a fim de transformar, nas dobadoiras, as maçarocas de linho em meadas, primeiro, e depois em novelos.
Para tornar mais leve a tarefa, afinavam as vozes e cantavam
Doba, doba, dobadoira,
Não m'enrices a meada,
Quero dobar o novelo,
Tenho a minha mão cansada.
Tenho a minha mão cansada,
De dobar o meu novelo,
Doba, doba, dobadoira,
As ondas do meu cabelo.
O novelo vai crescendo,
Já me não cabe na mão,
Doba, doba, dobadoira
Dentro do meu coração.
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6 comentários:
Imagine se a Penélope fosse Minhota!
Querida Cristina, dei com uma revista oitocentista em que a «Maria da Fonte» é dada como «Hino do Minho». Que me sabe dizer sobre o assunto?
Beijo
Mas muitas temos uma Penépole dentro de nós :)
Ao certo posso garantir que não são poucas as «mulheres d'armas», e o melhor exemplo tenho-o em casa, na minha mãe...
Beijo
Tantas Cristina, tantas que temos Penélopes dentro de nós....
O que as mulheres faziam e fazem ainda, para se animarem na sua labuta do dia-a-dia.
Gostei!
Beijinho para si, Paulo, o que duvida...
sorriso
Beijinho, para si, Cristina
Persistindo na busca da felicidade, que às vezes se esconde nestas coisas que temos como comezinhas, não é Minucha?
Beijinho grato
Somos todas Penélopes tecendo, à espera dos seus Ulisses? É uma matriz feminina, sim, mas tanta coisa mudou desde aí! Acho que as Penélopes hoje em dia vão ter com eles...
Beijinho, Cristina.
Bom fim de semana.
Ana, depois de tantos séculos, mal seria que a Penélope que temos em nós não mudasse também, mantendo, embora a sua essència...
Beijinho
Bom fim-de-semana
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