Com a morte do Conde D. Henrique, vinha crescendo a importância do fidalgo galego Fernando Peres junto da Condessa viúva, D. Teresa, o que punha em perigo as pretensões autonómicas de um alargado grupo de Cavaleiros do Condado, os quais transferiam agora as suas esperanças para o ainda muito novo D. Afonso Henriques, a quem urgiam neutralizasse aquela maléfica influência, pois que, como refere um ilustre vimaranense, Padre Torquato, « a brevidade com que se atacam os males é remédio deles».
Deste modo, no dia em que se honrava São João aconteceu, em lugar incerto, mas nas imediações do Castelo, o recontro no qual, nas palavras do General Luíz Maria da Câmara Pina, se jogou "o destino de um povo, a batalha por Portugal".
E se é certo que só meio século depois, "de trabalhos e proezas militares", como se lê na Bula " Manifestis Probatum" de 23 de Maio de 1179, Alexandre III confirmaria o novo reino e a realeza de D. Afonso, nada de mais verdadeiro do que considerarmos aquele como o primeiro dia de Portugal...
8 comentários:
E a menina insiste em baralhar-me com tal cultura e conhecimento da História...
Então e 1143? (risos)
Antes do mais,Mike, risos também :)
Em 1143, com a celebração do Tratado de Zamora, D.Afonso VII de Castela e Leão reconheceu aquilo que D. Afonso Henriques já vinha fazendo desde esse dia 24 de Junho de 1128...
Querida Cristina,
António Sardinha escreveu um belo poea sobre a aspiração dos Barões afonsinos à Independência. Tem presente?
Beijo
Não, não tenho, Paulo. Confesso que nunca li nada dele...
Beijo
P.S. Obrigada por me ter dado este blogue há precisamente um mês...
Então parabéns pelo primeiro mensiversário de A Nefelibata. :)
Mensiversário, Mike, que giro :)
Obrigada!
Querida Cristina, parabéns pelo seu primeiro mensiversário. Gosto imenso de visitar este seu cantinho acolhedor, restrito, familiar, tão variado nos temas e muito «português», muito «nosso». :-)
Muito obrigada, Luísa. Não sei se imagina o valor que essas palavras têm :)
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