quarta-feira, 18 de junho de 2008
Não me lembro
de lhe ter dado um nome de pessoa, como as sobrinhas fizeram com as delas, chamando-as de Teresa ou Margarida; era apenas «a boneca». Mas teve o "direito" a ficar na fotografia, junto dos sete irmãos, que éramos então, perfilados à maneira dos Von Trapp...
Deu-ma um senhor emigrado em Paris. Era morena, e tinha um vestido branco com minúsculas pintas azuis. Lembro-me, muito vagamente, de ter olhado com uma ponta de despeito a chegada de outra boneca, também vinda de França, para a minha irmã, porque era mais vistosa, com vestido cor de rosa e cabelo loiro. Mas o ressentimento deve ter sido pouco duradouro, porquanto as lembranças que ficaram foram as de que gostava muito dela...
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16 comentários:
Se foi à Irmã roubada pela altura do Natal, como contou, na desilusão relativa esteve o triunfo da justiça.
Beijo
:) Não, não. Essa, na altura era a mais nova; a dona da boneca loira era a que estava na fotografia da nossa Primeira Comunhão.
Imagino a dificuldade que será para um filho único desbravar esta irmandade toda :)
Beijo
post lindo, Cristina!..
em toda a minha vida, só quis um boneco, mesmo já sem braços eu só queria aquele. sou de ideias fixas, já se vê :-)
Obrigada, Júlia.
Quando nos afeiçoamos a uma coisa é assim :)
E a Cristina a teimar em lembrar-me - não bastava o livro - que não tenho ideia do meu primeiro carrinho, ou brinquedo. (risos)
Acho que com a rapaziada é diferente... (mais risos)
Não me lembro exactamente do primeiro livro mas lembro-me da primeira boneca: chamava-se Luguinha porque veio de Lugo, numa viagem qualquer que os meus pais fizeram. Ainda me lembro dela. Feiota, por sinal...
So sorry, Mike :)
Mas é que, na verdade, as memórias são-me fundamentais: já deu para ver, pois já? :)
Ai, Ana que o nome dessa sua boneca trouxe-me logo à lembrança uma sobrinha pequena a quem os pais têm de trazer (senão há choro pela certa) uma boneca de onde quer que vão, e depois ela dá-lhe o nome desse lugar: uma das últimas, por exemplo, chama-se Londres :)
Adorei!
Como já aqui disse não era de bonecas, mas Cristina, tive uma loura com vestido azul com pintinhas prateadas, dada por um tio, não sei de onde veio, mas que ainda existe em casa de uma das minhas primas, com o vestido e tudo.
Não brincava com ela, mas admirava-a.
Não tem mais de um palmo de altura.
Beijinho
Pois eu, Minucha, que era "toda de bonecas :), só tenho a recordação desta fotografia- é mesmo verdade aquilo de "para mais tarde recordar" :)
Beijinho
Querida Cristina, por momentos, receei que ensaiasse outra troca discreta, como a da prenda de Natal. ;-D Há irmãs que têm a sina de ficar sempre com as bonecas morenas, que, na infância, são normalmente consideradas mais feiotas ou menos «princesas». Os pais fazem sempre entre os filhos umas curiosas distinções de cor. :-)
:) Não, Luísa, neste caso acho que tinha a boneca há tempo suficiente para me ter afeiçoado a ela; da outra vez é que não dei à velha desdentada oportunidade sequer para me cativar :)
Tive uma que me deu a empregada, comprada na feira. Era de plástico ,enorme , com um vestido vermelho com rendas à frente. eu brincava aos teatrinhos e protegia sempre a boneca parola, tinha pena dela :-))
Júlia, na feira comprei uma, muito pequenina- custou cinco escudos-, de plástico, sem roupas; como me entretive a fazer-lhe "roupinha" :)
ah, eu também fiz roupinhas, pijamas, ccarapuços, meias, eu sei lá :-)
acho que foi assim que aprendi a costurar, sei fazer tudo :-)
Ah, Júlia, mas as minhas "roupinhas" eram muito aldrabadas: bastava-me que a boneca não passasse frio; não aprendi absolutamente nada :)
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