Alguns dos locais de passagem deste rio, que brotou de entre pedras de granito, encontram-se nas Serras da Cabreira e do Gerês: é nesta que me é mais familiar, e é de "cortar" a beleza que aí adquire, entre margens de recorte idílico...
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Com nascente na Serra do Larouco,
Alguns dos locais de passagem deste rio, que brotou de entre pedras de granito, encontram-se nas Serras da Cabreira e do Gerês: é nesta que me é mais familiar, e é de "cortar" a beleza que aí adquire, entre margens de recorte idílico...
Fazia nove anos
Penso que o porteiro não acreditou, mas também terá achado que da diferença de idades não me viria qualquer mal.
Já tinha ido um par de vezes ao cinema, mas «Oliver Twist» terá sido o primeiro filme que vi "para adultos". Pelo menos, o primeiro que me fez ver que a vida podia ter outras cores para além do rosa...
domingo, 29 de junho de 2008
Quando por cá faz muito calor,
Um sítio onde bem pude encontrar estas duas coisas, que me são essenciais, foi no Norte da Inglaterra, no Condado de Cumbria, a Região dos Lagos.
Não é nada difícil perceber porque é que estas montanhas e prados lhes inspiraram tantos poemas, em que a Natureza se impõe como a extensão de um sentir "so deep", que era o deles, claramente espelhado nas suas biografias...
sábado, 28 de junho de 2008
Na Escócia,
Ao lado desse pequeno sino encontra-se aquela que penso ser a réplica da pedra sobre a qual foi coroado Robert the Bruce, e todos os que lhe sucederam no trono ( penso ter visto a original na abadia de Westminster, e que actualmente ela é utilizada na coroação do soberano do Reino Unido).
Ainda bem que o pude ouvir,
hoje, logo pela manhã, n«O Jansenista», e a tocar Bach!
Porque o violinista que aqui pus ontem à noite deu-me outra "música"...
Sabia que tinha este Oistrakh algures, e até era o que tinha em mente, apesar de nele não figurar Bach, o supra-sumo, mas àquela hora da noite não me apeteceu procurar agulha em palheiro...
Condensações:
Não sei dançar o Tango mas gosto de ouvi-lo
Hoje é véspera da festa
A grande festa da vila vizinha- e onde nasci-; nunca, durante esses anos, falhei uma noitada de S. Pedro- muito mais calma, sem martelos de plástico, nunca fui calcada, como naquela única vez que fui ao S. João de Braga.
Nessa altura, como gostava de andar no carrossel, e nos "carrinhos eléctricos"!...
E se é certo que o Santo não tem a fama de "casamenteiro" que é a de Santo António, ou a de "advogado do amor" de São João, patrocinou o namoro dos meus pais: foi o tempo de meu pai pedir à minha avó materna que deixasse "a rapariga ir divertir-se". Deixaram a festa já namorados...
Condensações:
Histórias que a minha mãe conta,
Memórias,
Santos Populares
Continuo
"-Olha esta é Moffat, a última cidade da Escócia, antes de entrar em Inglaterra, por Carlisle; como chovia. Foi ali, naquele edifício, que comprei o livro sobre o Poeta Escocês (Robert Burns) e a lata de chá que reproduz o tartan de um dos clãs das Highlands...".
sexta-feira, 27 de junho de 2008
E como por vezes dizia
É libertadora,
Mas neste pedaço de mundo que me foi dado descobrir reencontrei muitas cumplicidades...
O ter encontrado este ex-libris
Um outro " Blue and Green",
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Mas, porque, como muito bem diz a Ana
"Porque a vida só se dá pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"
Condensações:
Não sei dançar o Tango mas gosto de ouvi-lo
quarta-feira, 25 de junho de 2008
« "Antre" Março e Abril»
querem sol e vinho"
porque este é, como é regra nos trabalhos de lavoura, mais um momento em que do árduo se faz festa...
Condensações:
Guimarães,
Histórias que a minha mãe conta
Por certo,
haverá mais efemérides a comemorar, mas aquela de que tive conhecimento hoje bem cedo impôs-se, desde logo, no meu espírito: no dia 25 de Junho do ano 1903, nascia, na Índia Britânica, aquele que iria adoptar por pseudónimo literário o nome de George Orwell.
A leitura dos seus dois livros que o tornaram tão conhecido, «1984» e «O Triunfo dos Porcos», iria deixar em mim a impressão indelével de um homem terrivelmente visionário e muitíssimo lúcido, que não nutria esperanças nenhumas na regeneração da espécie humana.
A leitura dos seus dois livros que o tornaram tão conhecido, «1984» e «O Triunfo dos Porcos», iria deixar em mim a impressão indelével de um homem terrivelmente visionário e muitíssimo lúcido, que não nutria esperanças nenhumas na regeneração da espécie humana.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Vivó São João
Pela calma, sem chapeu,
Venho de ver as fogueiras
Que me acenderam no ceu
Mas acendem-lh'as cá na terra egualmente! Ou ellas não servissem para queimar as alcachofras, onde as raparigas vêem a sorte dos seus amores! Santos mais milagrosos poderá haver; mais populares não, que elle é a personificação mytica da alegria e o advogado do amor."
«O Minho Pittoresco»
Portugal começou a "cumprir-se"
Com a morte do Conde D. Henrique, vinha crescendo a importância do fidalgo galego Fernando Peres junto da Condessa viúva, D. Teresa, o que punha em perigo as pretensões autonómicas de um alargado grupo de Cavaleiros do Condado, os quais transferiam agora as suas esperanças para o ainda muito novo D. Afonso Henriques, a quem urgiam neutralizasse aquela maléfica influência, pois que, como refere um ilustre vimaranense, Padre Torquato, « a brevidade com que se atacam os males é remédio deles».
Deste modo, no dia em que se honrava São João aconteceu, em lugar incerto, mas nas imediações do Castelo, o recontro no qual, nas palavras do General Luíz Maria da Câmara Pina, se jogou "o destino de um povo, a batalha por Portugal".
E se é certo que só meio século depois, "de trabalhos e proezas militares", como se lê na Bula " Manifestis Probatum" de 23 de Maio de 1179, Alexandre III confirmaria o novo reino e a realeza de D. Afonso, nada de mais verdadeiro do que considerarmos aquele como o primeiro dia de Portugal...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Porquê hoje?
Não sei porquê, mas o certo é que me lembrei agora daquele dia em que fui ao cinema, em Lisboa, com uma colega, ver «O Campeão».
Logo depois das primeiras cenas vi que não deveria ter ido, e puxei dos óculos escuros para chorar longe do olhar dos outros: a depressão já ameaçava havia algum tempo; os sinais eram inequívocos. Sentia as pessoas a olharem-me, porque não consegui suster alguns soluços, mas devo ter pensado "elas vão ver este meu choro incontrolável como resultado do triste que é o filme..."
A minha colega, que a princípio, pensou assim, também, ficou preocupada quando viu que não conseguia parar as lágrimas, muito para além do final do filme...
Porque é que fui lembrar hoje aquele dia?
domingo, 22 de junho de 2008
«Alma até Almeida»
Foi esta calma no passar do tempo que encontrei, das vezes que lá fui, mas como essas idas aconteceram sempre no Outono e Inverno, não me foi dado ouvir aquele chilrear.
Foi natural, pois, ter encontrado o casario branco envolto num nevoeiro, próprio dessas alturas...
sábado, 21 de junho de 2008
«Não me lembro de uma Erva-cidreira
" Há-de ser feita antes do nascer do sol, senão amarga".
Muito cedo lhe foi inculcada a crença nas propriedades calmantes da planta, pelo que lembro, desde sempre, uma grande chaleira (chamávamos-lhe "chocolateira", embora nunca tivesse sido usada para fazer chocolate, e era feita de barro), com a infusão quente, ao borralho, que tomávamos, invariavelmente, antes de deitar, com bolachas Maria. Era o melhor dos aconchegos...
sexta-feira, 20 de junho de 2008
No início de um fim-de-semana
Embora goste de olhar o mar, não gosto de praia; é hora de me perguntar "que vou fazer?".
Olho pela janela e vejo que a catalpa já floriu, e tem folhas suficientes para fazer uma boa sombra. Olho depois a estante, e reparo no livro; digo-me então "já sei o que vou fazer!".
Escrevê-las,
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Nas noites de Outono,
Para tornar mais leve a tarefa, afinavam as vozes e cantavam
Doba, doba, dobadoira,
Não m'enrices a meada,
Quero dobar o novelo,
Tenho a minha mão cansada.
Tenho a minha mão cansada,
De dobar o meu novelo,
Doba, doba, dobadoira,
As ondas do meu cabelo.
O novelo vai crescendo,
Já me não cabe na mão,
Doba, doba, dobadoira
Dentro do meu coração.
Condensações:
Guimarães,
Histórias que a minha mãe conta
Situado na encosta da Penha,
Já no século XIX, foi arrendado pelos proprietários, visto os bens da Igreja terem sido entretanto confiscados, aos Jesuítas, até ser largamente destruído por um incêndio, e vendido ao Estado.
Condensações:
A nossa Terra,
Guimarães,
Memórias
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Não me lembro
de lhe ter dado um nome de pessoa, como as sobrinhas fizeram com as delas, chamando-as de Teresa ou Margarida; era apenas «a boneca». Mas teve o "direito" a ficar na fotografia, junto dos sete irmãos, que éramos então, perfilados à maneira dos Von Trapp...
Deu-ma um senhor emigrado em Paris. Era morena, e tinha um vestido branco com minúsculas pintas azuis. Lembro-me, muito vagamente, de ter olhado com uma ponta de despeito a chegada de outra boneca, também vinda de França, para a minha irmã, porque era mais vistosa, com vestido cor de rosa e cabelo loiro. Mas o ressentimento deve ter sido pouco duradouro, porquanto as lembranças que ficaram foram as de que gostava muito dela...
Assim via , em 1921, «O Século Ilustrado»
Não há homens providenciais? Acho que há. Mas também há homens que não sabem sair do lugar onde muito fizeram, em tempo apropriado.
Para mim, Salazar reúne as duas qualidades.
Quando a Primeira República tinha já deixado o País num estado lastimoso, ele foi muitíssimo oportuno, no labor de o levantar do atoleiro em que se encontrava, pelo que temos muito a agradecer-lhe.
Mas a maior virtude dos Grandes Homens há-de ser, forçosamente, a de ter a coragem, e o saber, de sair de cena na altura certa; essa vejo-a eu no final dos vinte primeiros anos em que esteve à frente dos destinos do País que se propôs levar adiante, o que fez com êxito...
Ainda a tempo- e, claro que, na minha perspectiva, deveria ter passado o testemunho a quem de direito; a quem fora esbulhado em 1910, depois de, dois anos antes, ter sido vítima de um crime horrendo; muitos males, penso, nos teriam sido evitados...
Os dois Grandes, nas palavras de Ramalho Ortigão
Condensações:
Escritores,
Grandes Portugueses
terça-feira, 17 de junho de 2008
Quando desejado,
Estes momentos só podem ser enriquecidos com o som da água que corre num qualquer regato, ou rio, ou, na falta deste, o "sound of silence" admite apenas o doce tocar de um piano.
Mas alturas há em que o silêncio se torna demasiado ruidoso dentro da nossa cabeça, de tão pesado e incómodo que é ; um intruso, que só se tolera porque se fecham os olhos, à espera que nos favoreça com a sua ausência...
segunda-feira, 16 de junho de 2008
«Sunshine on my shoulders, makes me happy»,
Hoje, a Natureza, e o calendário, dizem que é quase Verão, mas está um frio de rachar; não vejo andorinhas, mas continua a música a tocar...
Que o nosso cérebro
é muito labiríntico, é de todos conhecido.
Os comentários do Paulo e do Mike ao post sobre o primeiro livro que li, suscitaram-me o repensar numa velha questão, que sei não ter resposta, mas que, por isso mesmo, me não larga: guardo da mais remota infância pormenores, que na aparência não têm razão de ocupar lugar na memória , dada a sua irrelevância- tenho em mente, além de muitos outros detalhes insignificantes, o facto de ter ficado na lembrança o vestido que trazia no dia em que morreu o meu avô materno, assim como a refeição que a empregada quis, em vão, obrigar-me a comer (arroz de frango), isto apesar de guardar uma imagem muito vaga desse avô, que morreu quando eu tinha seis anos...
Subscrever:
Mensagens (Atom)