quarta-feira, 2 de julho de 2008

Querida Once,

Foram já tantas as vezes que senti a claustrofobia, aquela sensação de não termos saída, porque as tais portas se me cerraram, deixando tudo escuro!
E algumas vezes essa sensação foi tão pesada...; mas, sempre, até hoje, sobreveio, em cada uma delas, uma ventania, que bastou para entreabrir uma janela; claro que tive depois de me esforçar para escancará-la, e até que o vento começasse a soprar tive de ir ao fundo de mim buscar forças, que não sabia estarem lá, para suportar a escuridão.
Depois, já com a janela entreaberta, tive de agarrar as cordas que encontrei, para sair do fundo escuro; e embora essas cordas não fossem visíveis a um primeiro olhar, o importante é que elas estavam lá e as encontrei...

10 comentários:

O Réprobo disse...

Fuuuuuuuu! Fuuuuuuuuuuuuuu" Fuuuuuuuuuuuuuuu!. Não me passa pela cabe~ça igualar-me à pujança dos ventos fortes, Querida Cristina, mas se cada amigo soprar pelo seu lado, podemos fazer uma brisa refrescante...
Beijo

Cristina Ribeiro disse...

Paulo, desde que vos conheci, que tenho sentido essa brisa refrescante.
Beijo

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

lindo, isso!

Temos é que nos rodear de gente que seja brisa.



PS- a Cristina tem razão, o Paulo até nem é má onda ;-)

ana v. disse...

Temos sempre mais forças do que as que pensávamos ter. Elas aparecem quando são precisas, é uma experiência que também já constatei mais do que uma vez. A vida foi sempre mais forte, felizmente.
Beijinho, Cristina

CPrice disse...

Querida Cristina .. prova de Amizade que de virtual nada tem, partilha de coisas menos boas para alertar que sim, sobreviveremos. Eu sei.
Como diz a Ana e lindamente, temos forças que não julgamos ter em mares flat, e provavelmente, a ter uma vida linear de harmonia feita, nunca as testaremos.
Sei ao que se refere com esses momentos de escuridão. Sei que por vezes somos nós que apagamos a Luz tentando um sossego de mente igual ao que nos rodeia .. gosto de fazer juz ao ditado que diz "o que não me mata, torna-me mais forte" .. sei tudo isso.
Contudo, nunca me passou pela cabeça viver o que vivo actualmente, por mão alheia causadora de sofrimento. Cruel.
É esta a aprendizagem que tenho de percorrer até conseguir um dia falar de tudo isto como um "passado". Até me decidir a esquecer.

Que posso escrever mais?
Um Enorme Obrigada por esta partilha .. escrita de uma forma tão sensível que me comoveu.

Cristina Ribeiro disse...

Júlia, esta é uma brisa de que precisamos todo o ano, mesmo quando lá fora está frio; as "correntes" de ar, neste caso, são sempre benéficas...

Cristina Ribeiro disse...

Consegue-se ser maior do que a própria vida, nessas alturas, é verdade, Ana.
Beijinho

Cristina Ribeiro disse...

Mas, querida Once, quando não esperamos, e nunca estamos preparados, é que conseguimos surpreender-nos, e aí teremos orgulho em nós...
Partilhar é bom...

Luísa A. disse...

Fuuuuuuuu! Fuuuuuuuu! Fuuuuuuuu!
:-)

Cristina Ribeiro disse...

Querida Luísa, ventania boa :)