sábado, 12 de julho de 2008

De António Manuel Couto Viana

Pedi ao Farol da Guia
Pra que a nau não naufragasse
Na noite que for o dia
Que fosse luz e a guiasse

E pedi mais:
Que baloiçasse no ar
Os sinais
Do tufão que vai chegar
Pra que ao abrigo do cais
A nau achasse lugar

E o primeiro farol
De aviso à navegação
Do mundo onde nasce o Sol
Não me disse sim nem não

Mas a âncora ancorada
Como fanal de bonança
Entre os muros da esplanada
Disse, sem me dizer nada
- Tem esperança!

3 comentários:

O Réprobo disse...

Prouvera a Deus que as braçadas da corrente da âncora que nos coube em sorte não fossem demasiado curtas.
Poema expressivo, do Mestre Minhoto.
Beijo, Mareante Cristina

Cristina Ribeiro disse...

Um farol...
Beijo, Paulo

Nuno Castelo-Branco disse...

O Couto Viana não está muito bem. Parece que foi operado a uma perna. Sempre foi muito simpático, um senhor.