terça-feira, 27 de maio de 2008

" Vamos à Feira do Livro"

Durante anos, a do Porto foi a única que conheci.
Era uma festa quando, no mês de Maio, e sempre num
Domingo à tarde, o meu pai anunciava: - "vamos à Feira do Livro". Numa rotunda da Boavista encharcada, e debaixo de fortes chuvadas tínhamos diante de nós a promessa de trazer um livro mais para casa. O primeiro que de lá trouxe foi-me oferecido por um senhor de uma Editora, que me deu a escolher entre dois livros verdes e grandes: «Heidi» e «O Gnomo»- optei por este, mas lembro-me de, depois, ter pensado que tinha escolhido mal...
Seguiram-se , noutros anos, os livros azuis da Condessa de Ségur: »Memórias de um Burro» para mim, «Os Desastres de Sofia» para a minha irmã.
Só muito mais tarde iria conhecer a do Parque Eduardo VII...

10 comentários:

O Réprobo disse...

Bem, o livro que Lhe calhou da Condessa era altamente antecipatório do que poderia retirar do convívio com este Seu admirador, já que o título tanto dá para definir o narrador como alguém com quem se privou. E, deixe-me adivinhar, a Irmã da Cristina é Sofia?

A escolha do Gnomo era quase obrigatória, tendo Guimarães a fama de "terra de Bruxas", como nos deu a conhecer, qualquer outra opção deixaria ficar mal a sobrenaturalidade do Torrão.
Beijo

cristina ribeiro disse...

Só se for "coração de burri", que, como sabe, na Língua de Alighieri tem um significado bem mais abonatório...

S de Sara....


Pois olhe que na altura devo ter-me chamado bruxa ( ou burra) por não ter escolhido a menina dos alpes, que tanto gostava de ver na televisão.
Beijo

Luísa A. disse...

Querida Cristina, a Feira do Livro está muito mais associada à minha infância – em que a ideia do livro se confundia com o prazer de receber prendas - do que ao tempo presente. Hoje, de resto, continuo a confundir a ideia do livro com o prazer (que não é muito, confesso) de ir a feiras, espreitar stands e cortar multidões. Decididamente, os livros, nessa Feira, não conseguem impor-me a sua supremacia. :-)

Cristina Ribeiro disse...

Estou um bocado como a Luísa: naquela altura, trazer um livro para casa tinha um peso muito especial.
Hoje, embora a Feira continue a ser um acontecimento, mais,talvez, por associá-la a "momento festivo" (embora já tenha encontrado livros usados muitíssimo bons, como um Atlas inglês antigo), prefiro-lhe a Livraria que frequento.

Anónimo disse...

Eu de feiras já não falo mais nos próximos dias... nem mesmo de livros... ;)

Cristina Ribeiro disse...

Ó Mike já sabemos que o que realmente importa são as señoritas de Botero; e, melhor ainda se for ao som de um Bolero :)

Anónimo disse...

Ó Cristina, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Importam os livros (Camilo... hum...) mas em feiras não. Por causa das feiras, claro. Ainda hei-de perceber o porquê desta feriabobia. :)

Cristina Ribeiro disse...

Pronto, pronto, não vamos travarmo-nos de razões sobre os nossos escritores favoritos( Eça, não é?) como há uns anos os fãs da Madalena e da Simone :)
Claro que me estava a meter consigo: também já fui mais apreciadora de Feiras...

Anónimo disse...

:)
Eça, sim. :)

Cristina Ribeiro disse...

Então ficamos "n'eça" base de concórdia :)