Das Edições Nova Ática, leio o opúsculo «Novos Factores da Política Portuguesa», que Eça de Queirós fizera publicar pela primeira vez na «Revista de Portugal», em 1890, e deparo com o parágrafo:
"O Partido Republicano em Portugal nunca apresentou um programa, nem verdadeiramente tem um programa. Mais ainda, nem o pode ter porque todas as reformas que, como partido republicano, lhe cumpriria reclamar, já foram realizadas pelo liberalismo monárquico. Decorre que se vai para a república ou se tende para ela, não por doutrinarismo, por urgência de mais liberdade e de instituições democráticas, mas porque numa já considerável parte do País se vai cada dia radicando mais este desejo: antes qualquer coisa do que o que está!
(...) porque esses espíritos sentem todos os dias uma aversão maior pela política parlamentar, tal como ela se tem manifestado".
E pergunto-me: mas não é esta mesma aversão que já se vai sentindo em muitos espíritos?
sábado, 31 de maio de 2008
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2 comentários:
Querida Cristina,
Pois eu saliento a aproximação do Liberalismo coroado ao Republicanismo...
Perigo a evitar!
Beijo
Quero continuar a crer que isso não é uma inevitabilidade, apesar dos pesares...; mas que está difícil, lá isso está...
Beijo
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