Marialva foi, talvez, de entre as várias Aldeias Históricas visitadas, a mais impressiva.
Lembro-me de lá ter chegado, depois de percorrer caminhos invadidos por silvas e ervas daninhas, e ter tido a sensação de que chegara a um lugar encantado, que o tempo adormecera sem lhe quebrar nunca o dom de enfeitiçar, e onde, a cada esquina, tropeçávamos com o passado.
Mas um lugar abandonado...
Tinha lido em «Aldeias Históricas», das Edições Inapa, que " andando por aqui D. Afonso II, se tomou de amores por uma linda senhora de nome Maria Alva. Como não lhe podia oferecer o coração, o rei doou-lhe a terra onde vivia, baptizando-a de Marialva. Perpetuava, assim, o monarca enamorado o nome da sua amada."
Pode-se ficar indiferente a uma lenda tão bela?...
domingo, 25 de maio de 2008
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3 comentários:
As ruínas são belíssimas, tomadas de uma perspectiva que lhes amplia o efeito.
Quanto ao nome, não deixa de ser irónico que, depois da homenagem amorosa, se tenha ligado, por via dos Marqueses titulares da terra, a um comportamento que, pela inconstãncia e unilateralidade, veio a significar, em certa medida, o inverso.
Beijo, Querida Cristina
Marialvismos: tem razão ao falar em ironia :)
Beijo
É verdade, Paulo, não deixa de ser uma engraçada ironia. Bem, quanto ao D. Afonso II, pelo que se diz, não tinha muitos atributos físicos para se notabilizar como um Casanova, ou melhor, marialva!
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