segunda-feira, 30 de junho de 2008

Com nascente na Serra do Larouco,

o Cávado percorre muitas povoações antes de desaguar no mar, entre Ofir e Esposende.
Alguns dos locais de passagem deste rio, que brotou de entre pedras de granito, encontram-se nas Serras da Cabreira e do Gerês: é nesta que me é mais familiar, e é de "cortar" a beleza que aí adquire, entre margens de recorte idílico...

Fazia nove anos


nesse dia. O meu pai levou-me a Braga, ao cinema S. Geraldo, e disse ao porteiro, velho conhecido, que fazia doze anos. Era a idade indicada para ver o filme, diziam os classificadores...
Penso que o porteiro não acreditou, mas também terá achado que da diferença de idades não me viria qualquer mal.
Já tinha ido um par de vezes ao cinema, mas «Oliver Twist» terá sido o primeiro filme que vi "para adultos". Pelo menos, o primeiro que me fez ver que a vida podia ter outras cores para além do rosa...

domingo, 29 de junho de 2008

«Sentindo frio

em minha alma, te convidei pra dançar(...) o teu perfume gardénia, e não me perguntes mais...»

«Les moins de vingt ans ne peuvent pas connaitre»

Quando por cá faz muito calor,

procuro outras paragens, seja na nossa terra, seja na dos outros, onde ao clima temperado possa aliar a beleza .
Um sítio onde bem pude encontrar estas duas coisas, que me são essenciais, foi no Norte da Inglaterra, no Condado de Cumbria, a Região dos Lagos.
Era aqui que dois dos grandes poetas do Romantismo Inglês, Cooleridge e Wordsworth, mais a irmã deste, Dorothy,faziam longas caminhadas, partindo da sua "Dove Cottage",nesta imensidão montanhosa, com muito verde, mas semeada de grandes extensões de azul dos lagos- os "mere", que deram o nome a localidades tão cheias de encanto, como Grasmere.

Não é nada difícil perceber porque é que estas montanhas e prados lhes inspiraram tantos poemas, em que a Natureza se impõe como a extensão de um sentir "so deep", que era o deles, claramente espelhado nas suas biografias...

sábado, 28 de junho de 2008

Na Escócia,

Luísa, tive muitos dias quentes; a excepção foi mesmo na fronteira com a Inglaterra, já muito perto do Condado de Cumbria, onde se situa a região de Lake District.
Mas o de maior calor, a pedir mesmo o uso do leque, foi em Perth, no dia em que fui visitar o castelo de Scone, onde eram coroados os reis da Escócia.
Ao lado desse pequeno sino encontra-se aquela que penso ser a réplica da pedra sobre a qual foi coroado Robert the Bruce, e todos os que lhe sucederam no trono ( penso ter visto a original na abadia de Westminster, e que actualmente ela é utilizada na coroação do soberano do Reino Unido).

Ainda bem que o pude ouvir,


hoje, logo pela manhã, n«O Jansenista», e a tocar Bach!
Porque o violinista que aqui pus ontem à noite deu-me outra "música"...

Sabia que tinha este Oistrakh algures, e até era o que tinha em mente, apesar de nele não figurar Bach, o supra-sumo, mas àquela hora da noite não me apeteceu procurar agulha em palheiro...

Hoje é véspera da festa

com que se honra o terceiro dos Santos Populares-São Pedro. O menos conhecido, foi, desde os dez/onze anos, até ao fim da adolescência, o que mais festejei.
A grande festa da vila vizinha- e onde nasci-; nunca, durante esses anos, falhei uma noitada de S. Pedro- muito mais calma, sem martelos de plástico, nunca fui calcada, como naquela única vez que fui ao S. João de Braga.
Nessa altura, como gostava de andar no carrossel, e nos "carrinhos eléctricos"!...

E se é certo que o Santo não tem a fama de "casamenteiro" que é a de Santo António, ou a de "advogado do amor" de São João, patrocinou o namoro dos meus pais: foi o tempo de meu pai pedir à minha avó materna que deixasse "a rapariga ir divertir-se". Deixaram a festa já namorados...

Continuo

a tirar fotografias da grande caixa, e dela saltam também memórias.
"-Olha esta é Moffat, a última cidade da Escócia, antes de entrar em Inglaterra, por Carlisle; como chovia. Foi ali, naquele edifício, que comprei o livro sobre o Poeta Escocês (Robert Burns) e a lata de chá que reproduz o tartan de um dos clãs das Highlands...".

sexta-feira, 27 de junho de 2008

E como por vezes dizia


o caríssimo «Je Maintiendrai»- de quem tenho tantas saudades!-, esta é para mim,porque mereço: apetece-me ouvir uma serenata de violino...

É libertadora,

a relação que mantenho com este blogue: nele ponho muito do que escreveria se tivesse um diário em papel, como o que tive aos dezasseis anos; diferente, porque aí depositava todos os sonhos que então faziam girar o mundo; sim, porque o mundo todo não era, naquela altura, muito diferente daquele que era o meu. Agora o mundo é muito grande.
Mas neste pedaço de mundo que me foi dado descobrir reencontrei muitas cumplicidades...

O ter encontrado este ex-libris

num alfarrábio, levou-me até este título recente. Mas não é mais do que um acaso.pois não?
A Eva a colher o fruto proibido só aparece aí porque faz um bonito desenho...

Um outro " Blue and Green",

mas desta vez saído mesmo do talento de Magritte, para quem tanto ambiciona voar: substitui com vantagem o balão e o pára-quedas, pois que, além do mais, traz sempre a Primavera, no melhor dela, independentemente da Estação que nos é indicada pelo calendário...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Mas, porque, como muito bem diz a Ana

"é a coisa mais alegre quando se faz", e é também como canta Vinícius de Moraes:
"Porque a vida só se dá pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.
Ah, quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não"

«Porque o amor

é a coisa mais triste, quando se desfaz»
«...au temps des amours mortes»

quarta-feira, 25 de junho de 2008

« "Antre" Março e Abril»

amanha-se a terra, que há-de ser, leio n«Os Mesteres de Guimarães», «mimosa e regadia (...); no lus-ca-fus da minhã, mal se enxerga, já o lavrador amante do trabalho anda na carrega dos estrumes, feito o que, vem o arado» que se atou a um jugo de bois. Só então, se fará a sementeira : «arrojando para a extrema do campo seu chapéu o lavrador faz o sinal da cruz, e o primeiro punhado de linhaça é arrimado à terra».
Atirado o último, «ergue a sua idea ao céu e murmura: -Que Deus te ponha a virtude e me dê a mim saúde!»
Fins de Junho, o linho deitou a flor «pequeninha e anzur, é o regalo dos olhos»; quando esta já foi desfeita pelo vento, é «sinal de que está maduro para ser arrincado».
Começos de Julho: «O sol bebeu o orvalho do linho. São muito hórinhas de o arrincar». E canta-se «Trabalhos do linho
querem sol e vinho"
porque este é, como é regra nos trabalhos de lavoura, mais um momento em que do árduo se faz festa...

Por certo,

haverá mais efemérides a comemorar, mas aquela de que tive conhecimento hoje bem cedo impôs-se, desde logo, no meu espírito: no dia 25 de Junho do ano 1903, nascia, na Índia Britânica, aquele que iria adoptar por pseudónimo literário o nome de George Orwell.
A leitura dos seus dois livros que o tornaram tão conhecido, «1984» e «O Triunfo dos Porcos», iria deixar em mim a impressão indelével de um homem terrivelmente visionário e muitíssimo lúcido, que não nutria esperanças nenhumas na regeneração da espécie humana.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Vivó São João

"Ó S. João d'onde vindes
Pela calma, sem chapeu,
Venho de ver as fogueiras
Que me acenderam no ceu

Mas acendem-lh'as cá na terra egualmente! Ou ellas não servissem para queimar as alcachofras, onde as raparigas vêem a sorte dos seus amores! Santos mais milagrosos poderá haver; mais populares não, que elle é a personificação mytica da alegria e o advogado do amor."
«O Minho Pittoresco»

Portugal começou a "cumprir-se"


no dia 24 de Junho de 1128, com a vitória do Príncipe D. Afonso na Batalha de São Mamede...
Com a morte do Conde D. Henrique, vinha crescendo a importância do fidalgo galego Fernando Peres junto da Condessa viúva, D. Teresa, o que punha em perigo as pretensões autonómicas de um alargado grupo de Cavaleiros do Condado, os quais transferiam agora as suas esperanças para o ainda muito novo D. Afonso Henriques, a quem urgiam neutralizasse aquela maléfica influência, pois que, como refere um ilustre vimaranense, Padre Torquato, « a brevidade com que se atacam os males é remédio deles».
Deste modo, no dia em que se honrava São João aconteceu, em lugar incerto, mas nas imediações do Castelo, o recontro no qual, nas palavras do General Luíz Maria da Câmara Pina, se jogou "o destino de um povo, a batalha por Portugal".
E se é certo que só meio século depois, "de trabalhos e proezas militares", como se lê na Bula " Manifestis Probatum" de 23 de Maio de 1179, Alexandre III confirmaria o novo reino e a realeza de D. Afonso, nada de mais verdadeiro do que considerarmos aquele como o primeiro dia de Portugal...

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Porquê hoje?

Porque é que me lembro daquele dia tão triste? Porque estava um céu assim azul? Mas ontem também esteve. Porque é véspera de festa, e nestes dias sinto sempre uma maior melancolia? Mas esse é o meu estado mais normal.
Não sei porquê, mas o certo é que me lembrei agora daquele dia em que fui ao cinema, em Lisboa, com uma colega, ver «O Campeão».
Logo depois das primeiras cenas vi que não deveria ter ido, e puxei dos óculos escuros para chorar longe do olhar dos outros: a depressão já ameaçava havia algum tempo; os sinais eram inequívocos. Sentia as pessoas a olharem-me, porque não consegui suster alguns soluços, mas devo ter pensado "elas vão ver este meu choro incontrolável como resultado do triste que é o filme..."
A minha colega, que a princípio, pensou assim, também, ficou preocupada quando viu que não conseguia parar as lágrimas, muito para além do final do filme...

Porque é que fui lembrar hoje aquele dia?

domingo, 22 de junho de 2008

«Alma até Almeida»

Evoca este grito a importância que teve Almeida na defesa de toda a região da Beira Alta, primeiro aquando das várias incursões castelhanas, até que passou a integrar definitivamente o território português, só no século XIII, com a celebração do Tratado de Alcanizes, depois, já no século XVII, no pós Restauração de 1 de Dezembro de 1640, e, mais tarde, no século XIX, na expulsão dos franceses napoleónicos.
Leio em «Aldeias Históricas» ser esta "uma terra pacata, de ruas tranquilas, que, a partir de Março se enchem do chilreado alegre das andorinhas. As horas aqui passam devagar».
Foi esta calma no passar do tempo que encontrei, das vezes que lá fui, mas como essas idas aconteceram sempre no Outono e Inverno, não me foi dado ouvir aquele chilrear.

Foi natural, pois, ter encontrado o casario branco envolto num nevoeiro, próprio dessas alturas...

Porque, quando levantei os olhos

vi este "quadro" de Magritte, e pensei que tinha de o partilhar convosco...

sábado, 21 de junho de 2008

«Não me lembro de uma Erva-cidreira


tão boa como a deste ano!», disse a minha mãe quando a foi colher há dias, para secar, e guardar as folhas que hão-de durar até o próximo ano, quando, também pelas orvalhadas do São João, se fizer nova apanha.
" Há-de ser feita antes do nascer do sol, senão amarga".
Muito cedo lhe foi inculcada a crença nas propriedades calmantes da planta, pelo que lembro, desde sempre, uma grande chaleira (chamávamos-lhe "chocolateira", embora nunca tivesse sido usada para fazer chocolate, e era feita de barro), com a infusão quente, ao borralho, que tomávamos, invariavelmente, antes de deitar, com bolachas Maria. Era o melhor dos aconchegos...

sexta-feira, 20 de junho de 2008

No início de um fim-de-semana

prolongado, com o céu muito azul e de sol generoso, oiço os que me rodeiam dizerem:- vou aproveitar estes quatro dias para fazer uma prainha...
Embora goste de olhar o mar, não gosto de praia; é hora de me perguntar "que vou fazer?".
Olho pela janela e vejo que a catalpa já floriu, e tem folhas suficientes para fazer uma boa sombra. Olho depois a estante, e reparo no livro; digo-me então "já sei o que vou fazer!".

Escrevê-las,

sentindo cada palavra, porque quero "estar presa por vontade", "amar, amar perdidamente", e poder dizê-lo, porque, como Fernando Pessoa, me direi "afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas"...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Nas noites de Outono,

e depois dos trabalhos da lavoura, até que a luz do sol permitiu, as mulheres da vizinhança juntavam-se, à volta da lareira se já fazia frio, a fim de transformar, nas dobadoiras, as maçarocas de linho em meadas, primeiro, e depois em novelos.
Para tornar mais leve a tarefa, afinavam as vozes e cantavam

Doba, doba, dobadoira,
Não m'enrices a meada,
Quero dobar o novelo,
Tenho a minha mão cansada.

Tenho a minha mão cansada,
De dobar o meu novelo,
Doba, doba, dobadoira,
As ondas do meu cabelo.

O novelo vai crescendo,
Já me não cabe na mão,
Doba, doba, dobadoira
Dentro do meu coração.

Situado na encosta da Penha,

este antigo mosteiro começou, ainda no século XII, por pertencer à Ordem de Santo Agostinho, para, só no século XVI, e por intervenção do então Duque de Bragança, D. Jaime, passar a ser pertença dos monges Jerónimos.
Já no século XIX, foi arrendado pelos proprietários, visto os bens da Igreja terem sido entretanto confiscados, aos Jesuítas, até ser largamente destruído por um incêndio, e vendido ao Estado.
Quando, no último ano do Liceu, fazíamos aí, nos numerosos espaços, invadidos por todo o tipo de vegetação, piqueniques, nos fins-de-semana, o convento ainda se encontrava em ruínas, e só mais tarde iriam começar as obras de restauro, até surgir a actual Pousada de Santa Marinha.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Não me lembro


de lhe ter dado um nome de pessoa, como as sobrinhas fizeram com as delas, chamando-as de Teresa ou Margarida; era apenas «a boneca». Mas teve o "direito" a ficar na fotografia, junto dos sete irmãos, que éramos então, perfilados à maneira dos Von Trapp...
Deu-ma um senhor emigrado em Paris. Era morena, e tinha um vestido branco com minúsculas pintas azuis. Lembro-me, muito vagamente, de ter olhado com uma ponta de despeito a chegada de outra boneca, também vinda de França, para a minha irmã, porque era mais vistosa, com vestido cor de rosa e cabelo loiro. Mas o ressentimento deve ter sido pouco duradouro, porquanto as lembranças que ficaram foram as de que gostava muito dela...

Assim via , em 1921, «O Século Ilustrado»

o povo a ser asfixiado pelo "Polvo Gigante"...

Não há homens providenciais? Acho que há. Mas também há homens que não sabem sair do lugar onde muito fizeram, em tempo apropriado.
Para mim, Salazar reúne as duas qualidades.

Quando a Primeira República tinha já deixado o País num estado lastimoso, ele foi muitíssimo oportuno, no labor de o levantar do atoleiro em que se encontrava, pelo que temos muito a agradecer-lhe.
Mas a maior virtude dos Grandes Homens há-de ser, forçosamente, a de ter a coragem, e o saber, de sair de cena na altura certa; essa vejo-a eu no final dos vinte primeiros anos em que esteve à frente dos destinos do País que se propôs levar adiante, o que fez com êxito...



Ainda a tempo- e, claro que, na minha perspectiva, deveria ter passado o testemunho a quem de direito; a quem fora esbulhado em 1910, depois de, dois anos antes, ter sido vítima de um crime horrendo; muitos males, penso, nos teriam sido evitados...

Os dois Grandes, nas palavras de Ramalho Ortigão

"Pelo conjunto total das exuberâncias e das deficiências da sua natureza de escritor, pelas suas qualidades e pelos seus defeitos, pelo seu temperamento, pela sua educação, pela sua obra, que é a imagem da sua vida, o nome de Camilo-Castelo Branco representará para sempre na história da literatura pátria o mais vivo, o mais característico, o mais glorioso documento da actividade artística peculiar da nossa raça, porque ele é, sem dúvida alguma, entre os escritores do nosso século, o mais genuinamente peninsular, o mais tipicamente português"


"Superiormente instruído, versado em todas as coisas do espírito, equilibrado por uma alta cultura, de que ainda ninguém deu fé porque ele se empenha em ocultá-la sob uma superficialidade de "clubman", por um fino requinte de mundanismo e de bom-tom, Eça de Queiroz reúne todas as capacidades de inteligência ao incomparável poder de expressão literária e de análise psicológica, que fez dele no mundo um dos primeiros romancistasdo século."

terça-feira, 17 de junho de 2008

Quando desejado,

o silêncio é a melhor das ofertas com que os deuses podem agraciar os humanos.
Estes momentos só podem ser enriquecidos com o som da água que corre num qualquer regato, ou rio, ou, na falta deste, o "sound of silence" admite apenas o doce tocar de um piano.
Mas alturas há em que o silêncio se torna demasiado ruidoso dentro da nossa cabeça, de tão pesado e incómodo que é ; um intruso, que só se tolera porque se fecham os olhos, à espera que nos favoreça com a sua ausência...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

«Sunshine on my shoulders, makes me happy»,

era o mote para o início do Verão, e o fim das aulas; tinha- e felizmente tenho- um amigo que toca esta música muito bem na viola , e ouvi-lo aquecia-me, a mim e às amigas a quem ele privilegiava com a sua voz.
Hoje, a Natureza, e o calendário, dizem que é quase Verão, mas está um frio de rachar; não vejo andorinhas, mas continua a música a tocar...

Que o nosso cérebro


é muito labiríntico, é de todos conhecido.
Os comentários do Paulo e do Mike ao post sobre o primeiro livro que li, suscitaram-me o repensar numa velha questão, que sei não ter resposta, mas que, por isso mesmo, me não larga: guardo da mais remota infância pormenores, que na aparência não têm razão de ocupar lugar na memória , dada a sua irrelevância- tenho em mente, além de muitos outros detalhes insignificantes, o facto de ter ficado na lembrança o vestido que trazia no dia em que morreu o meu avô materno, assim como a refeição que a empregada quis, em vão, obrigar-me a comer (arroz de frango), isto apesar de guardar uma imagem muito vaga desse avô, que morreu quando eu tinha seis anos...